Edição 155
- Última Atualização: 17 Outubro 2024
A modernização do T-27 e do A-29
Não há dúvidas de que o Embraer EMB-312 Tucano e o EMB-314 Super Tucano, respectivamente designados como T-27 e A-29 na Força Aérea Brasileira - FAB, são absolutos sucessos comerciais. O primeiro, com mais de 600 aeronaves produzidas pela própria Embraer e no exterior, e o segundo, chegando próximo das 300 aeronaves produzidas, na Embraer e (em kits Completely Knocked Down - CKD), pela Sierra Nevada Corporation, na Flórida, Estados Unidos, tendo sido escolhido por 18 Forças Aéreas. No entanto, no caso de seu emprego pela FAB, o peso do tempo já se faz sentir e chegou o momento em que atualizações se tornaram mandatórias, garantindo que ambas as aeronaves permaneçam úteis por algumas décadas. Este artigo descreve o trabalho feito no Tucano, agora designado T-27M, e o que se sabe sobre o planejado Midlife Update (MLU) do Super Tucano.
A questão dos navios de escolta na Marinha do Brasil
Se fosse uma espécie animal, a Marinha do Brasil - MB poderia ser colocada na lista das que estão ameaçadas de extinção. Essa conclusão pode ser confirmada pelo fato de que, entre os anos de 2000 e 2023, importantes meios navais foram desincorporados, incluindo dois navios-aeródromo (A-11 Minas Gerais e A-12 São Paulo), três navios de emprego anfíbio (sendo o último deles o NDC G-28 Mattoso Maia), três submarinos, três navios-varredores e nada menos do que 11 navios-de-escolta. E é sobre a questão dos navios-de-escolta que este artigo pretende se debruçar.
Futuras VBC CC do EB: possibilidades
O conflito na Ucrânia tem revelado não apenas a importância das Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate - VBC CC e das Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros - VBC Fuz (em inglês, respectivamente Main Battle Tanks - MBT e Infantry Fighting Vehicles - IFV), mas por outro lado revelou algumas de suas vulnerabilidades. Uma nova ameaça, por exemplo, é o emprego maciço de drones baratos, principalmente os do tipo FPV, ou First Person View (literalmente, Visão em Primeira Pessoa), controlados de forma remota por equipamentos simples, utilizando câmeras baratas, que podem levar artefatos explosivos até seus alvos. Mesmo que este não consiga a destruição completa do alvo, muitas vezes é obtida uma “mission kill” ou mesmo a eliminação da guarnição, ou de parte dela. Essas, entre outras considerações, devem estar sendo feitas pelo Alto Comando do Exército Brasileiro - EB, no momento em se define a futura VBC CC e a VBC Fuz, que deverá acompanhá-la.
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